Existe todo tipo de dieta e uma indústria lucrando com isso. Pesquisas desde meados da década de 1940 mostraram que as pessoas que praticam restrições alimentares, ao longo do tempo, acabam desafiando a ordem de restrição e depois comendo demais os alimentos proibidos e recuperando o peso que perderam na dieta, às vezes até mais. Este ciclo de variação de peso é reconhecido como médica e psicologicamente prejudicial.
Um estudo publicado no Journal of Health Psychology explicou que uma das razões para esse ciclismo de peso é algo chamado “pensamento dicotômico” relacionado à comida. Quando fazemos dieta tradicional, começamos a ter uma abordagem do tipo “tudo ou nada” em relação à alimentação, e categorizamos os alimentos em permitidos ou estritamente proibidos. O perigo do pensamento dicotômico relacionado à comida é que, quando tentamos aderir a um conjunto rígido de regras sobre a comida, acabamos comendo demais no momento em que nos desviamos do plano.
E se nos concentrarmos em apreciar conscientemente os alimentos que comemos?
Um revisão sistemática descobriu que as pessoas que se inscreveram em programas de alimentação consciente perderam quantidades semelhantes de peso em comparação àquelas que foram colocadas em dietas tradicionais. Mas o grupo de alimentação consciente perdeu peso sem fazer dieta.
É aqui que a prática da alimentação consciente ou da atenção plena aos alimentos se torna estimulante. Os pesquisadores estão descobrindo que ensinar às pessoas habilidades alimentares conscientes, como prestar mais atenção aos nossos sinais de fome e saborear os alimentos que ingerimos usando todos os cinco sentidos.
Isso pode nos ajudar a melhorar de forma sustentável nossos hábitos alimentares e proteger nossa saúde a longo prazo. Quando começamos a comer conscientemente, ficamos cientes de algumas das causas subjacentes do comer em excesso, como estresse ou enfrentamento emocional. Essa consciência nos permite tomar decisões mais bem informadas e mais fáceis de sustentar no longo prazo.
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