Praticar a autocompaixão, quando se trata de comida, significa que fazemos o melhor que podemos para escolher alimentos que sejam dignos de nós e, quando as coisas saem um pouco do controle, tratamos a nós mesmos como trataríamos um bom amigo que precisasse de ajuda por estar comendo demais, e com dificuldades de quebrar esse ciclo. Se você for um bom amigo, provavelmente o tranquilizará, e talvez até mesmo o apoie a fazer algumas mudanças sustentáveis.
Ao invés de se julgar, seja gentil e encorajador consigo mesmo. A maioria das pessoas luta para navegar em nosso confuso panorama de alimentos. Quando realmente se desviar e se sentir desapontado com suas decisões, não permitam que essa decepção te defina. Apenas reconheça isso pelo que é, um sentimento, e siga em frente.
A alimentação consciente geralmente começa com uma visão mais gentil em relação a nós mesmos. A partir daí, estamos em uma posição melhor para tomar decisões sobre alimentos que saciam a fome.
De acordo com a pesquisadora Kristin Neff, PhD, a autocompaixão consiste em três componentes principais:
Bondade própria: ser gentil e compreensivo consigo mesmo em casos de dor ou fracasso, ao invés de criticar-se severamente.
Humanidade comum: reconhecer que suas experiências fazem parte da experiência humana mais ampla. Você não está sozinho.
Atenção plena: manter pensamentos e sentimentos dolorosos em consciência equilibrada, em vez de se identificar demais com eles ou tentar ignorá-los.
Mas como começar?
Passo 1: desista do pensamento preto e branco.
Abrace o fato de que uma alimentação saudável é flexível e pode incluir uma grande variedade de alimentos, alguns dos quais são mais ricos do que outros, como uma pizza. E às vezes a escolha mais saudável pode ser a escolha mais rica.
Por exemplo, qual seria a escolha mais saudável em uma festa: pizza ou salada? A salada só fica mais saudável se você realmente quiser. Caso contrário, você pode se sentir privado e acabar comendo demais mais tarde. Desfrutar de uma pizza com consciência, como parte de uma celebração, permite os muitos papéis que a comida desempenha em nossas vidas. Muitas vezes podemos acabar nos sentindo satisfeitos com menos quando isso acontece.
Passo 2: Tome consciência de como você fala consigo mesmo ao comer.
Passa um filme pela sua cabeça que o adverte a não comer demais ou a não comer certos tipos de alimentos? Ou que você é um fracasso se o fizer? Escreva o que você diz a si mesmo.
Passo 3: Anote as respostas gentis ao seu crítico interno.
Tenha respostas prontamente disponíveis que você possa “ativar” quando se ouvir começando a trilhar o caminho familiar do diálogo interno negativo.
Passo 4: Pratique essas respostas gentis consigo mesmo.
Cada vez que você se ouvir falando negativamente sobre o que está comendo, reserve um momento para ser gentil consigo mesmo. Lembre-se de que a primeira vez que você faz algo diferente é a mais difícil. Cada vez que você faz isso depois disso, fica mais fácil.