Todos concordam que sair de férias e viajar é uma delícia, e que seguir uma dieta restrita viajando é impraticável. Mas exercer consciência alimentar não é só possível como recomendado.
Quando estamos viajando, temos uma grande oferta de opções de restaurantes, sem contar os muitos itens no café da manhã do hotel. O melhor caminho, então, é escolher com atenção e se deliciar de forma consciente, plena e sem culpa.
Não serão alguns dias de férias que vão colocar em risco um ano inteiro de estratégia alimentar, se você trabalhar com “contenção de danos”, como diz minha nutricionista. Comer apenas nas horas das refeições, escolher alimentos que te tragam satisfação e desfrutá-los sem exagero só vão contribuir para o teu descanso.
E já que o assunto é viajar e comer, quero compartilhar o roteiro delicioso que fizemos, meu marido e eu, em dezembro para Cunha.
Cunha é um município de São Paulo e por lá passa uma estrada em trecho de serra que vai até a cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, a SP-171. Nessa estrada, há opções realmente boas pra quem gosta de viajar e comer bem. Meus relatos estão por ordem de localização, sentido Cunha-Paraty, e comentarei apenas sobres os estabelecimentos nos quais paramos, mas existe muito mais. Em 3 dias de estadia em Cunha, a maior parte dos passeios foram nesta serra.
Nossa primeira parada, ainda antes de chegar na cidade, foi no Tudo da Roça, por sugestão de uma amiga. Sentamos no deck, que possui uma linda vista, para tomar um café e comer um pão de queijo. O casarão possui cafeteria com várias opções de bolos e lanches, e uma loja de doces, biscoitos e artesanato.
Seguindo avistamos uma construção bonita, cujo nome não dá pra ler ao passar de carro, e identificamos que tratava-se de uma vinícula, a Monte Boa Vista. Almoçamos no bistrô que fica na parte superior, escolhi o menu do dia, que estava muito gostoso e por um preço realmente muito bom. Eles também possuem uma gelateria no local, e destaco o sorvete de pistache. Possuem passeio com degustação, mas não o fizemos. Pedi uma taça do melhor rótulo deles, o Imigrante Marselan, e gostei bastante.
Mais adiante está a Fazenda Aracatu, que na verdade é uma loja de produtos locais como pães, queijos, vinhos, sorvete, geléias, antepastos e artesanato. Um fogão à lenha no centro estava acesso e trazia toda a ambientação da roça pra nossa experiência. Li que nesta fazenda há criação de gado, mas não passamos da loja. Fizemos ótima compras.
Só mais um pouco à frente está o Moara Café, e se eu fosse eleger um lugar para ser o imperdível, seria esse. Além de um café delicioso, possuem um jardim lindo, loja de produtos locais, e até uma loja de roupas e acessórios exclusivos.
Continuando chegamos ao O Olival, uma fazenda de azeitona que produz azeite, e conta com visita guiada, degustação e um restaurante charmoso. Gostei muito da explicação do guia, até porque meu conhecimento sobre essa cultura era zero. Aqui achei os preços caros, mas tudo é saboroso e lindamente servido.
Na divisa com o RJ temos a Charcutaria Estação Dom Pedro. É literalmente uma locomotiva com dois vagões: um para a loja e outro para a produção. Pudemos provar os salames e queijos antes de escolher o que comprar. É pequeno, mas a parada valeu a pena.
Além destes lugares deliciosos, a rodovia oferece também boas opções de ecoturismo, já que passa pela Serra do Mar e Serra da Bocaina. Chegamos a visitar o Canto das Cachoeiras, mas pegamos dias muito chuvosos, não pudemos aproveitar.
A cidade de Cunha também é famosa pelos ateliês de porcelana, e foi interessante notar que os estabelecimentos prestigiam as peças locais ao servir os turistas, tanto na hotelaria como na gastronomia. Gostamos e pretendemos voltar!
Em fevereiro teremos mais alguns dias de férias e estou montando um roteiro de vinícolas pelo sul de Minas Gerais e interior de São Paulo. Aguardem!
Leia meu blog e conheça meu catálogo de produtos e consultoria para continuar praticando uma alimentação consciente.
Excelente!
Amei Cris! Que perfeito!