Múltiplos destinos: última parada, Curaçao

Há muito tempo eu namoro esse destino, e finalmente deu certo!

Após uma semana em Bogotá, pegamos um voo direto de menos de 2h para Curaçao. Saímos de um clima friozinho para encarar o calorão, e que delícia! Sim, sou a pessoa que ama o calor.

Curaçao tem altas temperaturas o ano todo, com um ventinho morno muito agradável. As praias são maravilhosas, e vou relatar aqui uma seleção imperdível.

Chegamos na sexta à tarde, e fomos direto para o beach house que escolhemos, em Jan Thiel Beach, num dos extremos da ilha, oposto ao aeroporto. Foi uma ótima opção, já que fica bem pertinho da praia, de supermercado, restaurantes, e na rota de pick up grátis para o passeio que faríamos no domingo. 

Sábado ficamos pela manhã em Jan Thiel mesmo, aproveitando o beach club Zanzibar, que possui um excelente serviço e comidas muito boas. Comemos lá algumas vezes durante a viagem, e tudo muito bom. 

Para vocês entenderem melhor, a maioria das praias são privadas. Muitas cobram para entrar com  o carro, algumas ainda cobram por pessoa, e todas cobram os serviços de cadeira e guarda-sol. Em Jan Thiel só pagamos pelos serviços porque íamos andando. À noite teve beach party, com banda ao vivo, foi bem legal. 

Ainda no sábado, após o almoço, tomamos um ônibus na porta da beach house e fomos passear no centro histórico, Punda e Otrobanda, como são chamados ambos os lados da ponte flutuante Queen Emma. Passamos pelas casas coloridas, pelos famosos grafites e visitamos o bar mais antigo da cidade que fabrica um excelente rum verde, o Netto Bar. 

Otrobanda visto da Punda
Rum verde no Netto Bar

Domingo reservamos um passeio de dia inteiro para a ilha não habitada de Klein. A empresa que contratei nos buscou na porta da beach house em seu ônibus colorido bem cedinho. O ponto de saída é próximo a Jan Thiel, onde tomamos o catamarã e iniciamos de fato o passeio. A bordo havia café da manhã, churrasco na hora do almoço, cerveja, e drinks locais, incluindo o Blue Lagoon, feito com o licor Curaçao Blue, vodka e soda. Ao chegar na ilha, a tripulação abasteceu um quiosque com bebidas não alcoólicas e gelo para usufruirmos durante o dia. E que dia tivemos! A praia de areia branca e fina é linda demais, e o mar é de um azul esverdeado estonteante. Um tipo de beleza natural que enche os olhos e a alma. Considero um tour imperdível para quem vai a Curaçao.

Ilha Klein

Na segunda-feira meu marido precisava trabalhar remoto, então aproveitei a piscina da casa pela manhã, e no meio da tarde alugamos um carro para aproveitar os locais mais distantes. Montei uma listinha e saímos. 

A primeira parada foi a Landhuis Chobolobo, a destilaria que produz o original licor de Curaçao. Optamos por não fazer a visita guiada, mas compramos algumas garrafas para trazer para casa.

De lá fomos para o Mood Beach, um bar à beira mar bem sofisticado, com sofás e uma vista maravilhosa. Fica colado no Cabanas Beach, um beach club super badalado, que requer reserva. Tomamos um drink, e partimos para Playa Porto Mari, a praia que escolhi para observarmos o por do sol e jantar. Não poderia ter feito escolha melhor: a vista é lindíssima e a comida um espetáculo. Neste dia não pagamos para entrar em nenhuma das praias, talvez porque chegamos tarde. 

Playa Porto Mari

Na terça saímos cedo com um roteiro escolhido a dedo para conhecer. Primeiro fomos na Playa Piskado ver as tartarugas. Ficamos bem pouco tempo, porque o cheiro de peixe é muito ruim. É uma praia de pescadores, portanto não achei interessante perder muito tempo ali.

Seguindo a rota, chegamos na Playa Kenepa, e nessa sim aproveitamos o serviço de praia. Não havia um beach club estruturado, mas cadeiras e guarda-sol (único serviço cobrado no local) e um trailer vendendo bebidas e snacks. O mar é lindo, a água cristalina, e eu aproveitei todo aquele cenário muito feliz da vida.

Como precisávamos chegar em algum lugar com internet pro meu marido trabalhar, após quase duas horas seguimos para um beach club, mas no caminho paramos na pequena Playa Lagun para tirar umas fotos. Como é muito pequena e não oferecem nenhum serviço, não pagamos nada. Há um restaurante subindo uma escada enorme, mas na praia só a natureza mesmo, o que já enche os olhos.

Chegamos então no Kokomo Beach , e uau! Além da praia linda, a estrutura é excelente. Ficamos num deck com sofás e cobertura, porque já era meio dia e o sol estava muito forte. Comemos, bebemos, aproveitamos a vista, e enquanto meu marido trabalhava não desperdicei a chance de nadar naquele azul arrebatador.

Kokomo Beach

Mais para o fim da tarde seguimos para Pirate Bay Beach, que seria a última parada do dia. Mais um por do sol maravilhoso pra guardar na memória, e nossa primeira experiência de pizza e vinho na praia. 

Por do sol em Pirate Bay Beach

Quarta era o dia de voltar pra casa. Me despedi da piscina pela manhã, enquanto meu marido trabalhava, e no caminho para o aeroporto fizemos duas paradas: a primeira na Cas Abao Beach, que sem dúvidas é a praia mais linda de todas. Foi uma visita rápida, assim em clima de despedida mesmo.

Cas Abao Beach

A segunda parada foi no restaurante indicado pela nossa anfitriã, o De Buurvrouw (gente, não sei pronunciar isso). Apesar do nome difícil, foi uma das melhores refeições que fizemos em Curaçao, de culinária local. Devolvemos o carro no aeroporto, iniciamos a volta pra casa, mas meu coração ainda está naquele paraíso.

Algumas observações: a moeda oficial deles é o Florim das Antilhas Holandesas. Várias pessoas me disseram para levar dólares, mas perdemos muito na troca, porque cada estabelecimento cobra o câmbio que convém. Usar o cartão de crédito foi mais vantajoso. O idioma mais falado é um dialeto local e o holandês, mas basta sinalizar e as pessoas falam inglês ou espanhol. Encontramos até quem falasse português de Portugal. Não é um destino barato, pagamos U$55,00 no táxi do aeroporto para a beach house, mas vale muito a pena conhecer esse lugar lindo de viver. 

Eu já quero voltar!